Impactos para as empresas portuguesas importadoras
As empresas portuguesas que importam bens para revenda terão de avaliar cuidadosamente os impactos.
1. Maior equidade fiscal
Até agora, um importador português concorria com vendedores asiáticos que conseguiam colocar mercadorias no mercado nacional sem IVA ou com valores subdeclarados. Com o novo sistema, o jogo equilibra-se: todos pagam IVA desde a primeira venda.
2. Processos aduaneiros simplificados
Com o IVA liquidado no ponto de venda e reportado via IOSS, os procedimentos alfandegários simplificam-se. Isto pode reduzir atrasos na entrada de mercadorias e custos administrativos.
3. Maior transparência de custos
As importações passam a ter uma estrutura fiscal mais clara. As empresas saberão, no ato da compra, qual o preço final incluindo IVA, eliminando incertezas sobre liquidações posteriores.
4. Necessidade de integração tecnológica
Para quem importa diretamente de plataformas internacionais, será essencial verificar se os fornecedores estão registados no IOSS. Caso contrário, o risco de custos adicionais e atrasos mantém-se.
Pontos práticos para empresas portuguesas
- Verificar fornecedores: garantir que os parceiros extra-UE estão registados no IOSS.
- Rever contratos: incluir cláusulas que assegurem que o IVA é liquidado na origem, evitando encargos inesperados.
- Formar equipas: departamentos fiscal e logístico devem compreender as novas regras.
- Integrar sistemas: adaptar software de faturação e ERP para lidar com informação proveniente do IOSS.
- Aproveitar a oportunidade: comunicar ao mercado que a empresa atua em conformidade fiscal pode ser uma vantagem competitiva.